segunda-feira, 16 de novembro de 2009

De novo, o suicídio

segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Li a obra "O suicídio", do sociólogo Émile Durkheim, para atender a uma inquietude crescente demais pro meu gosto. Após a leitura, e relendo o post passado a respeito do tema, sinto que minhas impressões primeiras beiraram o ingênuo, principalmente por ter crido que as causas internas seriam mais relevantes que as externas para a decisão do sujeito em ceifar a própria vida.

Em suma, a sociedade provoca uma verdadeira corrente "suicidogênea", cuja existência se comprova pelo número mais ou menos constante de casos de suicídio, ao longo de dado período, em qualquer que seja a comunidade. É, portanto, e segundo Durkheim, um fato social, pois é possível conceber uma taxa que mede "a relação do número global de mortes voluntárias e a população de qualquer idade e ambos os sexos".

Gosto do tratamento sociólogo. Mas ainda sinto falta de uma abordagem mais psicológica e centrada no indivíduo. Nada romanceado. Seco e direto.

O que me fica, por ora, é observar como as pessoas que supostamente deviam ter sido "modificadas" pela morte intencional de uma pessoa próxima continuam tão estúpidas e egoístas como outrora.

Afinal — e elas se anteciparam a mim nessa constatação —, trata-se apenas de um "fato social". Uma coisa, um número. Chora-se o morto, mas não se permite afetar pela realidade para a qual ele tentou, em vão, nos despertar.

Se me faz despertar...

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