sexta-feira, 29 de maio de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009 1

Gostei da cores.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Curso Christian Bale de Expressividade

terça-feira, 26 de maio de 2009 0
Cara para qdo dizem que vc bate na mãe.
Cara de Psicopata Americano jogando a serra elétrica pela escada.

Cara de Batman meeting Robin.

domingo, 24 de maio de 2009

Entre lordes e jecas

domingo, 24 de maio de 2009 0

É com espanto que percebo em mim uma impaciência crescente em relação aos temperamentos difíceis.

Antes, se era estratagema do encanto, hoje o gênio intratável só me demonstra o quanto somos primitivos nas relações humanas, quando simples gestos de cortesia e gentileza seriam bem mais eficazes para penetrar o coração e cravar nele as verdades que o espírito atormentado considera por bem enfiar à garganta dos outros.

Não que eu me recuse a algumas inimizades, pois as tenho por fundamentais na constituição da nossa persona pública e moral.

Só não considero mais adequado, principalmente quando se ultrapassa certa idade, servir-se da antipatia e da pura falta de educação para galgar alguns desafetos e, por que não, algumas admirações obscuras, impondo um modo de pensar soberbo e arrogante.

É possível manter-se genuíno mesmo calando em nós uma vontade imensa, e muitas vezes justa, de mandar alguém tomar no meio do cu.

Entre um jeca espontâneo e um lorde dissimulado, fico com o último.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Autocensura

segunda-feira, 18 de maio de 2009 0
Havia postado muita coisa, mas a Ginsu atuou e fiz alguns cortes.

Amadurecimento também significa controlar o temperamento e tentar, na medida do possível, espalhar somente coisas boas, por mais que elas nos deem sono. (Sim, podemos ser irônicos na ternura.)

O post versava sobre a festa do deck neste sábado último. Vou deixar abaixo o último parágrafo, e só. O resto se esqueceu. Ficou de hoje só uma leitura amena do jornal: Jonas Brothers no Brasil, o anel da pureza, a contracultura indie que engana os moderninhos e que na verdade só é mais um braço da nossa tradicional cultura etc. Besteiras que se repetem de tempos em tempos, e a que forçamos um espanto apenas para reiterar a nossa condição humana. Uma indignação bem colocada é como um verniz no caráter.

O domingo vai acordando todo cotidiano com seu saquinho de pão. Me despeço do deck e saio sozinho. Ligeiramente feliz. Entro no carro e vou escutando "Os Miseráveis". A analogia parece me resumir um sorriso, e eu, cantarolando, passo um pouco mais que ligeiro pela felicidade.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Uma-coisa-puxa-outra

quarta-feira, 13 de maio de 2009 0
O conhecimento tem lá seus labirintos deliciosos, e não raro encontramos pontes que ligam algumas figuras mitológicas da nossa civilização.


Semana retrasada vi a peça "Zoológico de Vidro", de Tennesse Williams, com Cássia Kiss no elenco. Contornando a ocasião inóspita criada pelo tempo frio, que impele as pessoas a tossir como uma orquestra insalubre e deselegante, mergulhei absorto na montagem e no delicado texto. O final arrebatou-me de todo, e eu tive de sair do teatro ostentando uma cara de quem chorou, e ainda encarando olhares de quem viu a mesma coisa que eu e que, ao me ver enxugando o rosto, se fazia a pergunta: "Por que raios ele chorou?" Ou tosse, ou se entrega! Sensibilidade não se vende na esquina. É como pedir para ir ao banheiro logo depois de escutar "eu te amo".

Enfim, saí curioso sobre outras criações daquele autor, e foi que, ainda em conversa sob a esplanada do teatro, mencionaram um filme baseado em outra peça de Tennesse Williams. "Uma Rua Chamada Pecado", com Marlon Brando no papel de Stanley, um típico homem das cavernas todo sedutor em sua voz agressiva e dominadora. Esse ator não é mito por acaso. De apenas 1,76, sua corpulência física e indumentária é impressionante, e o vigor de sua beleza é de calar várias gerações de atores de quase 1,90. Fora a interpretação, que é aquela que sangra pelos olhos de tanta paixão posta em cena.


"Hey, baby, quer um trago?"


E assim uma peça me levou a um filme, e quantas outras combinações não são assim possíveis? Mesmo uma garotinha débil pode conhecer uma música clássica (e se encantar por ela) só porque esta foi referenciada num diálogo meloso do filme "Crepúsculo", que já a levara ao livro homônimo.

As pontes, afinal, podem tanto nos conduzir a lugares sagrados quanto a zonas áridas; mesmo neste caso último, pelo caminho da aléia ainda se podem colher algumas frutinhas melhores.

terça-feira, 12 de maio de 2009

De coração e esparadrapos

terça-feira, 12 de maio de 2009 0
Há um quê de mágico nos momentos derradeiros! Como supor que a velha senhora que padece na cama esconde dentro de seus pulmões, ora fracos, o sopro da menina que era, e que agora a encara no espelho com seu arzinho insolente e feliz, prendendo os cabelos loiros à fita azul, enquanto os ergue displicentemente, dando volta ao pescoço, para denunciar os ombros e a pele branca.

A menina, então, preparava-se para uma festa, e o que houve nela são desses mistérios inconfessáveis. A velha também se prepara para uma, talvez menos festa e mais mistérios, mas o que há de comum em ambas é que nas duas vão a mesma excitação, o mesmo frio na barriga, a mesma certeza de que, haja o que houver, seja atrás da outra porta ou daquele outro lado da vida, ela será sempre a mesma.

Não há sentido em se falar nas duas pontas da vida quando elas se dão definitivamente as mãos, como para aprisionar ad eternum seus segredos dentro do círculo mágico que constroem.

Uma é outra, e se alguns se decepcionam ao perceber que na senhora respeitável ainda persistem desejos bobos de menina, digo-lhes, senhores, que travessuras não têm idade, apenas os preconceitos. Não tenham medo de amar um pecado, senhores! Nem acreditem demais no que chamam reputação.

O que para tantos seria motivo de desamor, para mim é só razão de amar mais.
 
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