sábado, 26 de dezembro de 2009

Paradoxal

sábado, 26 de dezembro de 2009
No piloto automático, sem grandes alturas ou rasantes forçados. Plano pelos amores como uma folha desgarrada de sua copa a flutuar em balé noturno.

Constato minha geração murchando em flor jovem. Ou o pior da minha geração. Não sei, de fato, se hoje conheço os que me serão companhia na maturidade, pois há sementes que demoram, e flores que se colhem tardias para uma primavera maior. Talvez, hoje, me relacione com as pessoas erradas seduzido por um perfume vulgar, volátil como os maus perfumes. Tudo porque a juventude é indecente demais, e maravilhosa demais, para ser devidamente pensada. Aborrece-me a ideia de pensá-la demais, ou do mesmo modo não vivê-la demais.

Sou um nerd que a genética não puniu, e em cujas veias correm a esperteza das ruas, a habilidade do baile de máscaras e a extrema educação sentimental. E por educação sentimental entende-se um instinto imponderável de autopreservação, ou preservação dos nervos e do pleno juízo. Sinto-me covarde às vezes, mas a consciência é uma alegria. E a renúncia, uma Arte.

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