Eles são os fracos.
Continuamos aqui, erguidos, porque sabemos o que fazer. E fazemos
Seremos, inevitavelmente, consumidos pelas nossas paixões e renegados pela gente que não compartilhava delas; mas, mesmo aí, será tarde demais, porque já teremos cavalgado as entranhas do mundo a disseminar a nossa volúpia, o nosso ímpeto, a nossa glória inconfundível e maravilhosa, a encravar em poucos e seletos corações a consciência inefável de tudo aquilo que fizemos existir, vibrar, rebentar de dentro para fora como uma supernova improvável cuspida de um buraco negro impossível.
Nós somos os fortes. Não teremos a honra de enterrar nossos pais, mas teremos feito da terra, este elemento que nos absorve tanto na vida quanto na morte, uma mãe menos constrangida de receber os corpos de toda a gente, boa ou má, que amamos durante esta faísca que chamamos geração.
Nós somos os fortes. E isso porque não existe, para nós, grandes malditos, outro destino possível.
terça-feira, 23 de junho de 2009
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